18 de março de 2007

O APOIO À EXISTÊNCIA DAS “SALAS DE CHUTO”


Um tema cada vez mais actual e que tem saindo lentamente da sombra dos males da sociedade são as “salas de chuto”. A criação destas salas em diferentes pontos do país, nomeadamente Lisboa e Porto, tem suscitado grande polémica.
Há décadas que o tema da droga tem levantado grande interesse e contradições. O facto de ainda não haver tratamentos conclusivos e de não ter sido encontrada a melhor maneira de resolver este flagelo social, leva-me a acreditar que a aposta na criação de “salas de chuto” possa ser a solução mais viável para ajudar não só as pessoas que já se encontram terrivelmente emaranhadas neste meio, tal como aquelas que por desespero podem não saber resistir a este mundo.
O nosso país ao aderir a um Plano Nacional contra as drogas e toxicodependências, só demonstra que está activamente empenhado em acabar com este problema social.
As “salas de chuto” ao contrário do que se possa pensar, não serve só para os toxicodependentes adquirirem e consumirem droga sob o consentimento do Estado, pois também vão existir programas terapêuticos, campanhas de informação e planos para reinserção de ex-toxicodependentes na sociedade.
Ao contrário do que acontece em clínicas de reabilitação, a ideia não é obrigar o toxicodependente a libertar-se das drogas apoiando-se só em meios psicológicos e força de vontade, visto que a pessoa nesse momento tem pouca força psíquica e física para aguentar um tratamento tão rígido. A ideia das “salas de chuto” é retirar os toxicodependentes da rua sob o olhar atento de médicos e especialistas e facultar o mínimo de drogas necessárias para a sua libertação total deste mundo. Deste modo, estão também a diminuir o possível tráfego de drogas, que atinge diariamente milhares de inocentes. Em relação a este tema tão polémico, a minha única oposição está perante a escolha do nome: “salas de chuto”. Este nome não inspira a confiança e adesão necessária que se pretende obter com esta iniciativa.

Sofia Simões

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