15 de março de 2007

sumário historia - 2ªparte

3º Internacional (1919)

Ameaça às potências ocidentais
1914 /1921 – morreram 12 milhões de russos, devido à Guerra Civil, fome, miséria, penúria, epidemias.


A produção industrial, agrícola cai a pique. Desorganização total.

Em 1921 não se podia viver na Rússia (minorias e Kullacs não estavam satisfeitos)


Surge a NEP – Nova Política Económica – Lenine
Procura permitir uma certa
liberalização económica parcial


Desnacionalização das empresas com menos de 20 trabalhadores

Agricultura – autorizada a venda de excedentes
- incentivo a produzir mais

 Procura cativar técnicas e engenheiros estrangeiros.
 Capital estrangeiro.

Regresso a métodos capitalistas:
 Recorre-se à publicidade
 Prémios de produção
 Melhores salários


Tudo é temporário, não há liberalização política
Tudo é controlado (economia, meios de produção)

Resultados:
 Mais produção
 Melhores condições


1922 – URSS (segue o modelo federal)


União política económica de estados e regiões
com relativa autonomia a um governo central

Alemanha reconhece a URSS (regresso às trocas comerciais)

Liberalização parcial da NEP, ajudou parcialmente a reconhecer a URSS pelos países ocidentais.


Negativo – ameaças ao ideário revolucionário de Lenine; Ideário colectivo

Nepmen – pequenos industriais mais pequenos
Os bolcheviques querem uma sociedade sem classes, mas a NEP ajudou à nova burguesia: rica.


 Assim, em 1927 deu-se o fim à NEP.


1924 – Lenine morreu, mas não diz quem o substituiria.
Mas descreve-os:
 Trotsky
 Estaline


Quem sobe?
ESTALINE (morre em 1953) – apropriou-se da imagem de Lenine. Culto a Lenine


1928/1929 – Estaline tem o rumo da URSS nas mãos que o lidera.
Totalitarismo


Estalinização da URSS:

 Não há lugar para a oposição (quem não estava de acordo era posto na rua)
 Abre as portas à juventude (presta culto a Estaline)
 Culto do chefe – pai da pátria (estátuas por todo o lado)
 Perseguições – recurso ao terror
 Transforma-a na 2ª potência (após EUA)


Estados Unidos da América
 Grande potência económica (após 1917)
 Ponto de referência
 Anos 20 – loucos anos 20 (Era da prosperidade)


Era da Prosperidade
 Estilo de vida americano, serve de modelo nos anos 20
 Expansão do capitalismo
 Consumismo
 Alargamento do mercado externo/interno
 Cresce o crédito
 A bolsa sobe – subida das cotações – prosperidade das grandes empresas
Com esta prosperidade e a subida das cotações originou o aumento de número de especulações… muitas vezes para comprar acções as pessoas recorrem ao crédito.
Busca do lucro fácil, jogo da bolsa – as pessoas chegam a comprar as cotações por um preço maior do que as empresas valem.
Há um momento em que o mercado faz um reajustamento das cotações, ou seja, as cotações passam a ter o valor que valem e não quanto estão a ser vendidas, ou seja, muito mais baratos.
 Recurso ao crédito – os bancos facilitam os créditos às famílias americanas, isto alimenta uma prosperidade artificial – aumentou o consumismo norte-americano
 Condições de vida – electrodomésticos, carros, cinema, teatro, jaz
 Emancipação da mulher (sociedade contemporânea)

Anos 20:
2ª Revolução Industrial/expansão do capitalismo
- compram electrodomésticos
-carros, etc…

(recurso ao crédito/consumo)

As empresas começam a concentrar-se
Standarização da produção – Taylorismo
Produção em cadeia e em massa

Agricultor – começa a haver muita produção em comparação ao que é consumido (isto, antes da crise)
Com isto, menos lucro – para produzirem tanto eles recorrem ao crédito. Quando chegou a Crise, a situação agravou-se.

Ainda antes da Crise:
 Diminui a compra de viaturas, logo a indústria automóvel teve de tomar medidas – diminuíram a produção, o que veio mais tarde a prejudicar a indústria metalúrgica – Desemprego.
 Muitas pessoas que tinham acções, começaram a aperceber-se da situação e optam por vender as acções.
Em Outubro de 1929 milhões de accionistas tentam vender as acções e com o acerto o seu valor baixou muito.

A agricultura já não tinha capacidade, o que vai afectar todo o país.


Grande depressão dos anos 30

1929 – Crise (“Crash”) – abala os EUA

O coração capitalista cede; as economias que dependiam
Dá-se uma queda global dos EUA são também abaladas

 A URSS, esta não é abalada pelo “Crash”.


A Crise de 1929 abalou profundamente as bases do capitalismo liberal, daí ter um lugar privilegiado entre as crises (económicas)


Crise  Recessão
Se o recuo for violento e se Contracção da actividade
alastrar no tempo económica de fraca amplitude e curta duração


Crise de 1929 (implica muitas coisas):

 Afectou profundamente a estrutura capitalista liberal
 Afectou a demografia
 Afectou a cultura
 Afectou a indústria
 Afectou a política
 Instabilidade na vida familiar
 Desemprego




Política – lesada na Crise – Política Liberal Democrática

Daí o triunfo mais tarde dos Partidos Fascistas

Incluindo os EUA – começaram por ser bolsista
Wall Street – 24 de Outubro 1929 – resultados dos valores da bolsa a baixar ameaçadoramente – Crash

A Crise alimenta-se a si própria
 Quebra das cotações
 Não há dinheiro para consumo
 Logo, há quebra do consumo (não há escoamento)
 Há redução da produção
Logo, há desemprego
O consumo diminui novamente, cada vez mais… (ciclo vicioso)

As pessoas recorrem aos bancos para recuperarem as poupanças, famílias no desemprego. Aqueles que não tinham emprego temiam ir para a rua com cartazes que ofereciam mão-de-obra a um dólar por semana.

Estilo de vida norte-americano: Cartaz – “Família Feliz”

Os estrangeiros e negros foram os primeiros a sofrer com a crise, e os que sofreram mais: foram desempregados mais cedo e não conseguiam arranjar trabalho com facilidade.

Com a I Guerra Mundial os EUA passaram de devedores a credores da Europa.
Credores em crise, logo os países europeus também entram na crise (com a crise os bancos americanos repatriam fundos investidos na Áustria, Alemanha, as empresas ficam descapitalizadas – sem crédito, não há bancos que emprestem – nem as pessoas podiam pagar).
Não há escoamento da Europa para a América – falência de empresas na Alemanha e Áustria.


Depressão de 1929 intimamente ligada ao fascismo na Europa.
Crise bolsista – Crise de crédito – Crise de produção
(queda do rendimento, preços, baixa produção, quebra da procura, desemprego)

Livre cambismo passa a proteccionismo, logo as exportações entram em declínio grave.


1929 – Crise Industrial?
A produção decai bruscamente, não há capacidade de escoamento e de desenvolver novas tecnologias (100% de baixa de produção para 64% em 1933); bens baixam com a quebra drástica dos preços: bens alimentares (-55%); matéria-prima (60%); desemprego (30 milhões).

Surgiram bairros em várias cidades americanos.



Aula 5 17/10/06


Nos anos 20, o recurso ao crédito fez a sua quota-parte no consumismo norte-americano.
Os títulos e as acções da bolsa sobem, por detrás delas está a esperança dos Americanos em ter lucros fáceis: recorrer ao crédito para apostar na bolsa.

No entanto, as cotações sobem mais que o valor real das empresas – especulação.

Em 1929 houve um reajustamento das cotações. Ou seja, os Americanos compravam “gato por lebre” e descobrem que as suas acções valiosíssimas, na verdade, valem metade do que supunham e compraram.

A Era da Prosperidade é exemplo claro da expansão do capitalismo liberal.

 Massificação dos produtos através do trabalho em cadeia.

O agricultor americano recorre ao crédito para modernizar a sua quinta, mas a oferta era maior que a procura. Logo, como tinha dado a quinta como garantia, vê os seus bens penhorados.

Os mais avisados continuam a vender as suas acções mais duvidosas. Os pequenos accionistas fazem o mesmo. Logo, as acções caem drasticamente.
Começou a eclodir a crise.

A crise de 1929, abalou profundamente o capitalismo liberal. Afectou também as democracias, que uns anos mais tarde leva ao fascismo.

A 24 de Outubro de 1929, eclode a crise bolsista de Wall Street (5ª feira negra). Dá-se o “Crash” da bolsa que durou 22 longos dias.

Tal crise alastrou-se a todos os sectores e mais tarde em países bem longínquos.
Começa em crise bolsista, passa a económica…

Com a crise, os bancos Americanos exigem o repatriamento dos dólares investidos na Europa. Como a Europa também não possui esse capital, também ela entra em crise.


A crise passa a ser generalizada do ponto de vista geográfico e
sectorial


Industrial
Comercial (preços baixam)
Laboral (mais desempregados)
Bancária (muitos faliram):
 Em 1926, 642 empresas faliram nos EUA
 Em 1930, 1345 empresas …
 Em 1931, 2298 empresas…


Em 1930/1931 é a altura em que a crise se expande pela Europa. A França é atingida mais tarde, mas durante mais tempo.

Os países subdesenvolvidos dependem muito da exportação de matérias-primas. No entanto, com a crise também o nº de exportação diminui.
A crise afecta profundamente os EUA, a Europa industrializada e as colónias que dependiam da exportação de matérias-primas aos países industrializados.


Planificação económica: conjunto de medidas assumidas pelo governo com intuito de atingir um conjunto de objectivos, num determinado período de tempo.

Na URSS, acaba a NEP, que é substituída pela planificação económica. Estaline tenta e acredita que a colectividade é o futuro.

A planificação económica (conjunto de medidas assumidas pelo governo) varia de acordo com o regime económico.

A crise não atinge a URSS.
O marxismo defendia que o capitalismo era um sistema injusto que criuaria uma crise que o auto-destruiria .
Apelavam à revolução. (socialistas)

Na política anti-crise liberal, não há uma intervenção do Estado. As leis do mercado falam livremente.

Social – democrata, reformistas, como supera a Crise?
Criam um conjunto de reformas no sistema para facultar melhor distribuição dos rendimentos e caminhar rumo a uma certa socialização económica.
E os que não se reviam no socialismo e comunismo?
Só um líder forte suportaria tudo isto …

Será que a Crise de 1929 foi uma surpresa?
Sim, foi uma surpresa.
O presidente dos EUA (1928) Collich – cultivava o isolamento e afirmava que a pobreza iria ser irradiada dos EUA.
Mas em Dezembro de 1928 – ultimo discurso ao Congresso EUA – “reinava a tranquilidade, record prosperidade – satisfação, paz…”
Mesmo após a crise a administração não acreditava na crise (31º Presidente dos EUA) – Hover: Acusado da crise e foi só após a crise que foi eleito.


O que fez?
apoiar o consumo (porque a crise estava para breves momentos)


Durante a Guerra:
 A inflação vai limitar o consumo. Influencia a 2ª Revolução Industrial e desnivela a oferta/procura.
 A especulação bolsista ocultou durante algum tempo uma super-acumulação de capitais mal distribuídos. Vegetava-se mercados.

Políticas liberais, anti-crise ou deflacionistas: na tentativa de recuperar, mas que só agudizam tudo


Pensamento liberal: Qual o papel do estado? – pouco!
O estado não intervinha – acreditava-se que tal actividade económica recuperasse mais cedo ou mais tarde.


Preços descem, salários descem, consumo desce – Políticas Liberais

Tudo ajuda a que mais cedo ou mais tarde recupere – os trabalhadores aceitam salários mais baixos para reduzir o custo.

Mas estas medidas só fazem a “capacidade” cair cada vez mais, tanto o mercado interno como o externo


Causas da crise (segundo Gaulvnier):

 Excesso de produção face à procura – aumento de 43% da produção proletário manufactureira entre 1919/1929
 Desequilibrada distribuição de rendimentos – os ricos eram muito ricos. 5% dos que tinham os mais altos rendimentos, arrecadavam 1/3 do rendimento pessoal global.
 Deficiente estrutura de empresas bancárias – muitas empresas independentes mais fracas, com fraca capacidade de resposta tendem a desaparecer e a enfraquecer as empresas mais fortes.
 Situação duvidosa da balança externa – na medida em que os EUA continuavam a aumentar o excedente das exportações sobre as importações. Aumento das medidas proteccionistas que afecta o comércio internacional.
 Triste estado da compreensão económica – durante muito tempo usaram a política flaccionista (a crise era superada por si só, interessava era manter a liberdade – capitalismo liberal)

Qual a natureza da Crise?
O que Hover fez? “comprem” – mas com o quê?
Houve países que o fizeram. Os governos não sabiam como lidar com a crise.
Tomaram-se políticas liberais anti-crise ou deflacionista: acreditava-se que só por si a economia tem mecanismos que recuperam da crise, sem pôr em causa o liberalismo. O Estado não devia intervir, pois isso punha em causa o liberalismo

Prejudicaram as liberdades – cortariam nas obras, nos serviços


Teoria Keynesiana (economista inglês): cabe ao estado: incrementar o emprego – obras públicas (consumo aumentou); subsídios de desemprego; fixar salários mínimos (para sobreviver, não excrepâncias dos salários)
Desvalorização da moeda (para aumentar as exportações)  Aumentar o défice público para melhorar a economia.


Política anti-crise liberal
Politica anti-crise keynesiana Resposta à Crise
Politica anti-crise fascista


Anti-Crise Fascista
 Figura política forte
 Estado acima de tudo
 Obras públicas
 Baixa dos salários para aumentar os lucros das empresas
 Rearmamento activo (com Hitler o desemprego é 0%)


Para isso é necessário matéria-prima, o que se fez?
Expansão, criar um império e também para pôr em acção a máquina de guerra até então construída: pseudo – solução (falsa e levou à 2ª Guerra Mundial)

Crise de 1929 – Interacção do Estado/raízes do (mais tarde) estado providencia: revolução liberal; económico ortodoxo/na vida económica.


Aula 6 24/10/06

Os grandes paradigmas: Italiano/Alemão

Por extensão, fascismo é aplicado aos governos de extrema-direita e aos regimes autoritários.

O caso português – um regime autoritário com características fascistas: Estado Novo.


Porque é que a Europa se sentiu tentada pelos Estados autoritários?

 Fascismo (Itália)
 Nazismo (Alemanha) – o fascismo levado às últimas consequência

Os vários tipos de regime autoritários que são considerados extremos (Fascismo VS Estalinismo por vezes tocam-se)

A Crise de 1929 ajudou a instaurar/consolidar os totalitarismos fascistas.
A evolução Italiana e a evolução alemã são diferentes.


A I Guerra Mundial – inflação galopante (descontentamento)

Reduz o poder de compra – dificulta a vida dos agregados familiares

Marginalidade (cresce cada vez mais)

Era da prosperidade: stand by da ascensão dos regimes totalitários

As feridas que ficaram abertas e foram ilusoriamente escondidas pela prosperidade voltam a agir com a Crise 29 – nova onde de marginalidade – crime dos regimes fascistas.

 30 milhões desempregados mundial

Três grandes políticas para tentar combaterem a crise:
1. Liberal- deflacionista
(ex: Alemanha) crise alimenta-se a si mesma (o Estado não interessa)

2. 32/33 – sobretudo nas democracias politicas inflacionistas – Estado intervém na economia

3. Políticas fascistas
Pseudo-solução: rearmamento, expansionismo: 2ª G.M


Os fascismos vêm-se opor ao comunismo.


Fascismo Italiano:

Benedito Mussolini:

1919 – Movimento “fasci”

1921 – partido nacional fascista – tem o apoio de milícias, grupos motorizados e armados que espalham violência e o terror e perseguem os apoiantes de esquerda.

Culto de força e violência ajuda Mussolini a chegar ao poder.


Pós-guerra:

Sem comentários: