15 de março de 2007

trabalho de sociologia sobre o satanismo

Ana Sofia Simões
João Filipe Pereira
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Capítulo 1



1.1 O início do Satanismo

O satanismo «nasceu» quando Anton La Vey, formou a Igreja de Satã em 1960, na Califórnia. O satanismo ficou completo, em 1969, quando LaVey escreveu a bíblia satânica.
É por «Papa Negro», que Anton LaVey é conhecido pela maioria dos seus seguidores. Começou a caminhada para o alto sacerdócio da Igreja de Satã «Church of Satan», quando tinha 16 anos e era organista num parque de diversões.
Como ele diz: “No sábado à noite via homens que desejam as mulheres seminuas que dançavam no parque, e no Domingo pela manhã quando estava a tocar órgão para a barraca dos evangelistas no outro extremo do parque, eu via esses mesmos homens a sentarem-se nos bancos da igreja com as suas esposas e filhos, pedindo perdão a Deus pelos seus desejos carnais. E no sábado seguinte voltavam ao parque para as «meninas» do parque ou para outro local de indulgências. Eu soube então que a Igreja Cristã prospera em hipocrisia, e a natureza carnal daquele homem sempre existirá” 1
Foi numa noite de Abril de 1966, no festival de Walpurgisnacht 2, que LaValey rapou a cabeça e oficialmente anunciou a formação da Igreja de Satã. Ele necessitava de uma Igreja que valorizasse os desejos carnais. “A adoração dos aspectos carnais produz o prazer.” Portanto “que haja (…) um glorioso templo de indulgências…” 3

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1 LaVey, Anton Szandor; A Bíblia Satânica, Lisboa, p.2
2 Em memória a St. Walpurgis. Pode ser chamada ainda por Walpurga, ou ainda Walburga, dependendo do momento e da área em que alguém se refere a ela – nasceu em Sussex no final do Séc. VII ou inícios do Séc. VIII e foi educada em Winburn.
3 LaVey, Anton Szandor; A Bíblia Satânica, Lisboa, p.2
1.1.1 Que se entende por Satanismo?
O Satanismo é um movimento religioso e filosófico centralizado à volta de Satã, ou outra entidade identificada com Satã, ou centrado nas forças da natureza, em particular da natureza humana, representada por Satã como um modelo. Ao contrário de muitas religiões e filosofias, o satanismo foca a sua atenção no avanço espiritual do indivíduo, em vez de a focar na submissão a uma divindade ou a um conjunto de códigos morais.
Num sentido mais antigo, a palavra “satanismo”, também se refere a práticas não ortodoxas dentro das religiões abraâmicas que a ortodoxia considera estarem na oposição directa do Deus abraamico. Por exemplo, o primeiro caso que se conhece do uso da palavra “satanismo” surge em “A confutation of a book (Bp. Jewel) intituled An apologie of the Church of England”, por Thomas Harding (1565):
II, ii, 42b, “Meaning the time when Luther first brinced to Germaine the poisoned cuppe of his heresies, blasphemies, and Satanismes.” (Traduzindo: “O que significa a época em que Lutero pela primeira vez trouxe à Germânia a taça envenenada das suas heresias, blasfémias e satanismos”).
Visto que, o visado teria negado qualquer ligação entre os seus ensinamentos e Satã, este uso do termo “satanismo” era principalmente pejorativa. Muitos satanistas acham ofensivo este uso do termo.
A palavra “Satã”, em si, não tem relações com o demónio. Significa “inimigo”, “opositor”, e foi adoptado como termo pejorativo pela Igreja Católica, que também falou de vários rituais, supostamente praticados pelos satanistas. Os acusados de satanismo eram os cientistas, tais como Galileu. Os rituais que a Igreja inventou na época para assustar a população são praticados, actualmente, por algumas pessoas que se dizem seguidoras do demónio, ou rebeldes à igreja.
Recentemente, um grande número de satanistas rejeita o que pode ser considerado crenças, atitudes e adoração religiosas tradicionais, favorecendo visões do mundo e práticas mais egoístas, como a feitiçaria.


1.2 A Bíblia Satânica

1.2.1 O que é?

A bíblia satânica, ao contrário do que se pensa, não tenta comprovar a existência de um deus do mal, nem dita as leis do mal.
Como LaVey escreve em 1968 “aqui você encontrará a verdade – e a fantasia. Cada uma é necessária para que a outra exista; mas cada uma podendo ser reconhecida pelo que é. Aqui está o conceito satânico por um verdadeiro ponto de vista satânico.” 4
Esta bíblia, apenas tenta demonstrar um ponto de vista, não incute maldade ou frases diabólicas.
Explica, ainda, o aparecimento da figura do Diabo e dá exemplos de vários outros nomes diabólicos. Assim, como decifra os vários rituais e as missas negras.
Está ainda dividido pelos quatro elementos essências: ar, fogo, terra e água.



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4 LaVey, Anton Szandor; A Bíblia Satânica, Lisboa, p.6
1.2.2 As 9 declarações satânicas

1. Satã representa indulgência, em vez de abstinência!
2. Satã representa existência vital, em vez de espirituais castelos de ilusões!
3. Satã representa sabedoria pura, em vez de hipocrisia auto-ilusão!
4. Satã representa bondade para aqueles que a merecem, em vez de amor desperdiçado aos ingratos!
5. Satã representa vingança, em vez de virar a outra face!
6. Satã representa responsabilidade para o responsável, em vez de relacionamentos com vampiros psíquicos!
7.satã representa o homem simplesmente como outro animal, às vezes melhor, mais frequentemente pior do que aqueles que caminham de quatro, porque no seu «espírito divino e desenvolvimento intelectual», se tornou o animal mais cruel de todos!
8. Satã representa todos, os assim chamados, pecados, pois eles levam a uma gratificação física, mental e emocional!
9. Satã tem sido o melhor amigo que a Igreja já teve, pois ele sustentou os seus negócios durante todos estes anos!

1.2.3 Os nove pecados satânicos 5
1. Estupidez – O topo da lista no que diz respeito aos Pecados Satânicos. O Pecado Cardinal do Satanismo. É pena que a estupidez não seja dolorosa. Ignorância é uma coisa, mas a nossa sociedade alimenta-se cada vez mais da estupidez. Depende das pessoas seguirem tudo aquilo que lhes é dito. A comunicação social promove uma estupidez tratada como uma postura que não é apenas aceite mas louvada. Os Satanistas devem aprender a ver para além dos truques e não se podem dar ao luxo de ser estúpidos.2. Pretensão – Uma postura oca pode ser tremendamente irritante e não aplica as leis cardinais da Lesser Magic. No mesmo patamar da estupidez no que diz respeito ao que mantém o dinheiro a circular nos dias de hoje. Todos são levados a sentir-se alguém importante, quer consigam feitos que o comprovem ou não.
3. Solipsismo – Pode ser bastante perigoso para os Satanistas. Projectar as reacções, respostas e sensibilidades em alguém que não está provavelmente alinhado com a própria pessoa. É o erro de esperar que as pessoas retribuam a mesma consideração que naturalmente lhes é dada. Não o farão. Em vez disso, os Satanistas devem esforçar-se por aplicar o ditado "Faz aos outros o que eles te fazem a ti." É trabalhoso para a maior parte das pessoas e requer constante atenção, não se vá cair na confortável ilusão que todos são como nós. Como já foi dito, certas utopias seriam ideais numa nação de filósofos, mas infelizmente (ou talvez felizmente, de um ponto de vista Maquiavélico) estamos longe desse ponto.
4. Auto-Ilusão – Está nas Nove Afirmações Satânicas mas merece ser repetido aqui. Outro pecado cardinal. Não devemos prestar homenagem a nenhuma das vacas sagradas que nos são apresentadas, incluindo como se espera que nos comportemos. A única altura em que se pode abordar a auto-ilusão é quando ela é divertida, e conscientemente.
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5 APS – Associação Portuguesa de Satanismo; http://www.apsatanismo.org/
Mas dessa forma, não é auto-ilusão!

5. Conformismo de Massas – É óbvio de uma perspectiva Satânica. Não há problema em conformar-se aos desejos de uma pessoa, se em última análise isso nos vai beneficiar. Mas só os tolos seguem as massas, permitindo que uma entidade impessoal dite as regras. A chave é escolher um mestre sabiamente em vez de ser escravizado pelos caprichos das massas.
6. Falta de Perspectiva – De novo, pode ser muito doloroso para o Satanista. Nunca nos podemos esquecer de quem e o que somos, e que ameaça podemos ser, apenas por existirmos. Estamos a fazer história neste preciso momento, todos os dias. É preciso manter sempre presente uma visão histórica e social alargada. É uma peça importante quer para a Lesser Magic quer para a Greater Magic. Observa os padrões e encaixa as peças como pretendes que elas se encaixem. Não sejas coagido pelas restrições das massas – compreende que funcionas num nível diferente do resto do mundo.
7. Esquecimento de Ortodoxos Passados – Atenção que esta é uma das chaves para a lavagem cerebral que é feita às pessoas para as levar a aceitar algo novo e diferente, quando na realidade é algo que foi outrora amplamente aceite e é agora apresentado numa nova embalagem. É esperado que deliremos com o génio do criador e esqueçamos o original. Isto cria uma sociedade descartável.
8. Orgulho Contraproducente – A segunda palavra é importante. Orgulho é óptimo até ao momento em que “se atira o bebé pela janela juntamente com a água do banho”. A regra do Satanismo é: se funciona para ti, óptimo. Quando deixar de funcionar para ti, te tiveres deixado encurralar e a única forma de resolver a situação é dizendo: lamento, cometi um erro, gostava de chegar a um meio-termo, compensar de alguma forma”, então fá-lo.
9. Falta de Estética – Esta é a aplicação física do Factor de Equilíbrio. Estética é importante na Lesser Magic e deve ser alimentada. É óbvio que ninguém consegue na maioria das vezes ganhar dinheiro com standards clássicos de beleza e forma, por isso eles são desencorajados numa sociedade consumista, mas um olho para a beleza, para o equilíbrio, é uma ferramenta Satânica essencial e deve ser aplicada para maximizar a eficácia da magia. Não é o que é suposto ser agradável – é o que realmente o é. Estética é uma coisa pessoal, reflexo da nossa própria natureza, mas há configurações que são universalmente agradáveis e harmoniosas que não devem ser negadas.

1.2.4 Deus

Para os satânicos Deus existe, ao contrário do que a generalidade das pessoas possam pensar. O homem sempre criou os seus deuses, e não o contrário.
Para o satanista «Deus» – “seja qual for o nome dele ou mesmo que não atenda por nome nenhum – é tido como uma força de equilíbrio da Natureza e não algo que se preocupe com o tormento ou bem-estar dos outros.” 6

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6 LaVey, Anton Szandor; A Bíblia Satânica – livro de Lúcifer (AR), a iluminação, Lisboa, p.16
Deus é «esperança», «prece», e estes são termos que os satanistas desprezam, pois indicam apreensão.
Todas religiões de natureza espiritual são inventadas pelo Homem.
“ Se as pessoas insistem em exteriorizar os seus verdadeiros “eus” na forma de um «Deus», então porquê temer a si mesmo temendo a «Deus», porquê exaltar a si mesmo exaltando a «Deus», porquê permanecer externo a «Deus» para poder realizar CERIMONIAS ESPIRITUAIS EM SEU NOME?” 7

Afirmam ainda que quando desaparecerem todas as realidades baseadas na mentira o Homem aproximar-se-á muito mais de si próprio e ficará mais distante de «Deus».

1.2.5 Satanismo

O nome “satanismo”, apesar de ser um pouco apelativo, apenas foi escolhido porque humanismo não é religião e simplesmente um modo de vida com nenhuma cerimónia ou dogma. Satanismo tem ambos, dogma e cerimónia. O dogma é necessário a uma religião.
Assim, escolheu-se este nome em vez de humanismo ou “um nome que poderia ter a conotação de um grupo de feitiçaria, algo um pouco mais esotérico – algo menos barulhento”. 8
O satanismo é uma forma de egoísmo controlado: “Faça aos outros aquilo que eles fazem a si.”
O satanismo representa, para os satânicos, bondade para quem merece, em vez de amor desperdiçado aos ingratos!
Satanismo foi imaginado como sinónimo de crueldade e brutalidade. Só porque o satanista admite que é capaz de amar e odiar. Ele é capaz de dar abertura ao seu ódio através de uma cerimónia declarada, e mais capaz de amar a mais profunda espécie de amor.


1.2.6 O Inferno, o Diabo e a Alma

“Satã, foi, certamente o melhor amigo que a Igreja já teve pois ele cuidou dos seus negócios todos estes anos.
A falsa doutrina do Inferno e do demónio permitiu às igreja protestantes e católicas florescerem durante muito tempo. Sem um demónio a quem apontar o dedo, os religiosos do caminho da mão branca teriam nada com que ameaçar os seus seguidores.”
É assim que os satânicos vêem o demónio, como uma invenção das várias religiões para manterem os seguidores ao seu lado.
Historicamente, Satã, o principal demónio do mundo ocidental, era um anjo que acarretava a obrigação de informar Deus dos pecados humanos. Apenas depois do sé. XIV é que o Homem começou a descrever Satã como um ser maligno, meio animal meio homem, como um bode, com chifres e cascos.
Antes do cristianismo deram-lhe o nome de Satã – (hebreu) adversário, opositor, acusador, Senhor do Fogo, o inferno, o leste; Lúcifer – (romano) o condutor de luz,
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7 LaVey, Anton Szandor; A Bíblia Satânica – livro de Lúcifer (AR), a iluminação, Lisboa, p.19
8 LaVey, Anton Szandor; A Bíblia Satânica – livro de Lúcifer (AR), a iluminação, Lisboa, p. 22
iluminação, o ar, a estrela da manhã, o leste; Belial – (hebreu) sem mestre, base da terra, independência, o norte; Leviatan – (hebreu) a serpente fora das suas profundezas, o mar, o oeste.
Conta-se que durante a Reforma um alquimista descobriu um método de invocar um demónio – Mefistófeles – do inferno e fazer um pacto com ele. Vendeu a alma através de um contrato de sangue, e em troca ficou mais jovem. Quando a morte o veio buscar este tentou fugir, contudo o seu laboratório explodiu e ele acabou por falecer.
LaVey diz que “para se tornar satanista, não é necessário vender a alma ao Diabo, ou fazer um pacto com este. Esta ameaça foi inventada pelo cristianismo para aterrorizar as pessoas.” 9
Muitos satanistas, não aceitam Satã como um ser antropomórfico, com cascos, cauda e chifres. Ele simplesmente representa uma força da Natureza.
Para as várias religiões o homem está, como que proibido de ter gratificações. Consequentemente, qualquer actividade que resulte em gratificação física e mental foi definida como «evil» – deste modo assegurando uma existência de culpa injustificada para todos!
“Então, se é de «evil» que eles nos tem chamado, «evil» nós seremos – e assim seja! A Era Satânica está sobre nós! Porque não tirar vantagens disso e viver (LIVE10)”11

1.2.7 O Sexo

Cada pessoa deve escolher por si mesma, a forma de actividade sexual que melhor se adapta às suas necessidades individuais. O satanismo não prega a liberdade sexual, mas exclusivamente o verdadeiro significado da palavra. Amor livre, no conceito satânico, significa exactamente isso – liberdade para cada um ser sincero a uma pessoa ou para favorecer os seus desejos sexuais com muitas, se realmente sente necessidade de se satisfazer desta forma.
O satanismo justifica qualquer tipo de actividade sexual que propriamente satisfaz os desejos naturais, sejam eles homo, hetero, bissexuais ou mesmo assexual. Encoraja, ainda, qualquer forma de expressão sexual desde que isso não magoe terceiros.

1.2.8 A Missa Negra

A missa negra, ao contrário do que se possa julgar, não é realizada num altar com uma mulher nua no centro envolvendo cruzes invertidas, hóstias triangulares de pão de centeio, gordura de bebés sem baptismo, queima de livros sagrados, cunnilingus, falactio e beijos gerais nas nádegas.
“Os propagandistas da igreja fizeram bem o seu trabalho, informando o público de uma história ou outra de heresias e actos abomináveis dos Pagãos, Cátaros, Bogomils, Templários e outros que, por causa da sua filosofia dualista e algumas lógicas satânicas, tiveram de ser erradicadas” 12

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9 LaVey, Anton Szandor; A Bíblia Satânica – livro de Lúcifer (AR), a iluminação, Lisboa, p. 29
10 Live em inglês significa vida – um trocadilho com o reverso da palavra EVIL que significa mal
11 LaVey, Anton Szandor; A Bíblia Satânica – livro de Lúcifer (AR), a iluminação, Lisboa, p. 30
12 LaVey, Anton Szandor; A Bíblia Satânica – livro de Lúcifer (AR), a iluminação, Lisboa, p.52
A missa negra não é mais do que um ultrajante espectáculo para o padre diletante ou que uma vez foi renegado. Se o satanista deseja criar um ritual para blasfemar uma instituição ou ceita, para o propósito de psicodrama, ele é cuidadosa em escolher um que não está em voga para parodiar. Deste modo, está verdadeiramente trilhando a vaca sagrada.




Capítulo 2



2. DIFERENTES TIPOS DE SATANISMO


2.1 Luciferanismo

O Luciferanismo pode ser considerado uma derivação da filosofia empregada no Satanismo. Os seus seguidores não praticam o culto a Lúcifer (Lúcifer é visto como um Anjo, e não como a personificação do mal no cristianismo), mas vêem-no como uma referência para alcançar a Iluminação Espiritual. Sendo que, a origem do seu nome, significa Portador da Luz.

2.2 Satanismo Gótico

Neste caso, o termo Gótico é sinónimo de Medieval. Esta variação faz parte apenas das lendas criadas na Idade Média pela Igreja Católica para atemorizar os cristãos e servir de acusação nos processos inquisitórios. A palavra “Satanismo” por vezes é usada como um nome moderno para lendas Cristã introduzidas durante a idade média. A Igreja ensinou que algumas " Bruxas", principalmente as mulheres, adoravam Satanás. Diziam que elas faziam juramento para entregarem as suas vidas ao príncipe das trevas, que sequestravam e matavam bebés. Dedicaram as suas vidas a prejudicarem os outros pelo uso de maldições e magia negra e voavam pelo ar nos cabos de vassoura. Este tipo de " Satanismo " não existia na altura e muito menos existe hoje. Um dos casos mais conhecidos, que popularizou o satanismo, foi o caso das “Bruxas de Salém” em 1692. Porém, um " Pânico " sobre assassinatos Satânicos foi desencadeado em 1980, em grande parte por uma minoria de feministas e cristãos conservadores.
Todavia as convicções deles sobre abusos nos rituais Satânicos evaporaram, em grande parte, devido à falta completa de evidências de que estes crimes aconteceram na realidade.


2.3 Dabblers Satânicos

Está principalmente associada aos modismos adolescentes. Os seus adeptos ensaiam rituais esporádicos de magia utilizando-se do sacrifício de pequenos animais. É essencialmente uma forma de anti-cristianismo, onde os Dabblers (aficionados) adoram o demónio, conhecido no cristianismo e encobrem-se sob uma condição que julgam satânica. Igualmente chamado de Devil Worshippers (Adoradores do Demónio), também está associado a delinquentes que alegam cometer os crimes, motivados por Satã.

2.4 Satanismo Religioso

É a forma mais difundida de Satanismo. Possui dogmas e a bíblia satânica. Também abriga aspectos místicos e cerimoniais, como baptizado e casamento, que o caracterizam como uma religião. Porém, não há uma divindade a quem se presta o culto nem conceitos sobre céu e inferno, bem e mal ou deus e diabo. A Church of Satan e o Temple of Set (é uma ramificação da “Igreja de Satanás” fundada em 1975) são exemplos do satanismo religioso. Alguns destes são adultos que adoram uma divindade pré-cristã, por exemplo "Set", o deus egípcio. Outros são Ateus ou Agnósticos que não vêem Satanás como uma entidade viva; eles vêem-no como um símbolo de poder, vitalidade e prazer.

Capítulo 3

3 RITUAIS SATÂNICOS
3.1 Ritual Sexual
Tem o propósito de criar desejo da pessoa que se ambiciona, conseguir um/a parceiro/a sexual para satisfazer todos os seus desejos ou alcançar algum objectivo que se deseje intensamente.

3.2 Ritual de Compaixão
O ritual de compaixão ou sentimental é realizado com o propósito de ajudar os outros ou a si mesmo. Saúde, felicidade doméstica e nos negócios, sucesso material e escolar são algumas das situações que podem ser beneficiadas num ritual de compaixão.

3.3 Ritual de Destruição
É a cerimónia utilizada para o ódio, perturbação e desdém. É conhecido como maldição, ou agente destruidor.

BIBLIOGRAFIA

Harvey, Graham; Satanismo: realidades e acusações; Revista de Estudos da Religião; Nº3/2002/pp.1-18

LaVey, Anton Szandor; A Bíblia Satânica – livro de Lúcifer (AR), a iluminação, Lisboa, 1999

LaVey, Anton Szandor; A Bíblia Satânica, Lisboa, 1999

http://www.apsatanismo.org

http://www.cacp.org.br/satanismo.htm

http://www.spectrumgothic.com.br/ocultismo/crencas_doutrinas/satanismo.htm

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