Qual é o 1º modelo explicativo para explicar os fenómenos da Natureza?
- O Animismo. Existem seres sobrenaturais por detrás das causas da Natureza, ou seja, um anima.
Aula 2 03-03-3006
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO PRÉ-LÓGICO/PRÉ-CIENTÍFICO/ FILÓSOFICO
Fundamento Básico: sistema religioso como modelo explicativo da natureza humana.
Desenvolvimento do pensamento religioso (fases): animismo; fetichismo; politeísmo, monoteísmo (judaico - cristão)
Teocentrismo: Bíblia sagrada como fonte de conhecimento (Génese)
Teoria criacionismo
Século IV: cristianismo como religião oficial do Império Romano/ bases do mundo ocidental.
Teólogos da Igreja Católica:
- Santo Agostinho (354-430): “Cidade de Deus”
- São Tomás de Aquino (1225-1274): “Suma Teológica”
Idade Média (X-XV): poder politico quase absoluto da Igreja Católica e o monopólio do conhecimento (não) científico.
(ver a obra: “O nome da Rosa”, Umberto Eco)
Idade Moderna (XVI): surgimento do pensamento cientifico laico.
Teocentrismo: Teo (Deus) Centro (+ismo = filosofia)
Deus é o centro do mundo e a causa de tudo o que acontece.
Modelo Laico – desprovido de fé
Evolução do Pensamento Científico
Antropocentrismo: O Homem como fonte de conhecimento, através da razão.
Ordem social laica: acções sociais não directamente determinada pela vontade divina; ruptura com a crença de que os factos sociais são comandados por uma ordem superior (DEUS)
RENASCIMENTO ITALIANO: Leonardo da Vinci (1452-1519);
SÉC. V-XV: idade das trevas (não houve descobertas).
ILUMINISMO: pensamento cientifico que parece depois da idade das trevas (séc. xvi)
Questões Epistemológicas
Definição de ciência: ciência é uma representação intelectualmente construída da realidade (social)
Estatuto de Ciência: Objecto próprio de estudo.
A ciência deve-se situar ao nível da abstracção e generalidades, que lhe permite elucidar regularidades, formar leis, construir modelos interpretativos.
Ela deve definir problemas susceptíveis de resolução através de uma actividade de pesquisa.
Ciência “é também procurar soluções para problemas. Ela própria elabora e testa os meios necessários: conjuntos coerentes de conceito e relações entre conceitos – as teorias – uma linguagem conceptual adequada e tanto quanto possível exclusiva, instrumentos técnicos de recolha e tratamento de informação, métodos de pesquisa”.
Estratégia cientifica: processo de avaliação do conhecimento, através do método dialéctico, assente no princípio do contraditório (tese – antítese – síntese - tese…)
Critérios científicos de controlo das teorias: principio da racionalidade como modelo explicativo (total ausência de senso – comum); compatibilidade com outras teorias; relação entre construção teórica e pesquisa empírica; a sistematicidade (exaustividade da explicação proposta); operacionalidade na recolha, tratamento e interpretação (análise) dos dados empíricos.
Aula 3 09-03-2006
Contexto económico-social (segunda metade do séc. XIX):
§ Revolução Industrial e o processo de transformação da sociedade Europeia – separação de um grupo, q detém o capital e da classe q tem a mão-de-obra.
§ São os grupos económicos que determinam os grupos políticos.
- BASES CIENTÍFICAS:
a) Evolucionismo biológico (Darwin, origem das espécies, 1859)
Evolucionismo social/cultural: do biológico ao social.
Filósofo inglês Herbert Spencer (1820-1903): princípios de sociologia, 1874.
Tese – desenvolvimentos progressiva uni linear da humanidade; processo evolutivo da sociedade humana, das mais simples/primitivas para as mais complexas/industrializadas.
- Os povos primitivos testemunham s primeiros estágios evolutivos da humanidade.
b) Positivismo: Filósofo francês Augusto Conte (1793-1857)
Cours de philosophie (1830-1842)
Física Social: defende a necessidade de construir uma ciência positiva dos fenómenos sociais (sociologia), tendo como objectivo o estabelecimento de leis da evolução social e histórica.
Premissa epistemológica que se baseia em métodos científicos racionais e experimentais. Valoriza os factos observáveis e verificáveis.
Processo evolutivo no campo de conhecimento cientifico, da cultura e da sociedade.
Fases de desenvolvimento: teológico (sobretudo); metafísica (natureza dos seres e destino final das coisas); positiva (procura das leis; analítico e sintectico).
- Carácter prático da sociologia: contribuir para o progresso da humanidade. De que forma? Utilizando o conhecimento cientifico para prever e controlar o comportamento humano.
- Aplicação social e política do positivismo; ex: Brasil
- Ordem (por causa das perturbações sociais ocorridas no séc. XVIII e XIX) e progressos (consequência da ordem social)
Objecto de estudo da Sociologia
Estuda os variados modos como as acções humanas são condicionadas por relações estabelecidas ao nível do grupo e organizações no meio em que se inserem: famílias, circulo de vizinhança, colectividades locais, meios profissionais, instituições, Estados…
O objectivo central da sociologia é compreender a acção social assim explicar as suas causas, desenvolvimento e efeitos, compreender as regularidades sociais.
São problemas centrais para a sociologia. Fundamentos (normativos e simbólicos) da acção, dos progressos de socialização e sociabilidade, da estratificação, integração social, conflito e mudança
As acções humanas são produzidas, transformadas e reproduzidas, num processo dinâmico de “mudança social”
§ Socialização – forma como a sociedade se reproduz
Fundamento normativo – socialização – reprodução Fundamento Simbólico· social Þ mudança
Aula 4 10-03-2006
Acção Social:
§ O nosso comportamento baseia-se neste dois fundamentos: normativa e simbólica.
§ A socialização é importante porque é a forma como a sociedade se reproduz. Se não houvesse não haveria reprodução social
Organização Social:
§ É a forma como a sociedade se organiza ao longo da história (a nível histórico e geográfico): Estrutura Social.
Morfologia Social:
§ Marcas que o Homem deixa no espaço. Ex.: modelos económicos, que deixam marcas.
Mudança:
§ A reprodução social está sempre em mudança e sendo assim é possível compreender, isto devido à regularidade social devido aos fundamentos normativos. Mas se por exemplo houver uma mudança acelerada, pode provocar uma desorganização social ou uma mudança nesta organização
Mudança Social:
§ Ocorre quando há alteração das estruturas básicas que compõem um grupo social ou uma sociedade. É uma transformação observável no tempo, que afecta a estrutura ou funcionamento da organização social de uma determinada colectividade e que modifica o curso da sua história.
Fenómeno Social:
§ Produto das acções dos indivíduos, que dão sentido aos comportamentos.
§ Desenvolvimento de quadros teóricos e conceitos, gerais e específicos, que permitam análises dos diferentes sistemas sociais.
Analise sincrónica: analisa um período de grande mudança social.
*ex: 25 de abril
Linha de tempo histórico – diacrónica Þ (abordagem “horizontal” da história)
________________14-18________________________39-45_____________________
Sincrónico
(corte no tempo)
-abordagem “vertical”
-abordagem a 1 período histórico.
Sincrónica e Diacrónica são conceitos que a história utiliza para analisar acontecimentos ao longo do tempo ou num período de tempo.
Fenómenos Sociais:
§ Ex.: Fenómeno de Fátima. Este fenómeno dá sentido de vida a um enorme grupo de pessoas.
- Os fenómenos são acontecimentos que dão sentido de vida ou de comportamento a 1 elevado número de pessoas.
Quadro sociológico:
§ Estuda qualquer sociedade humana. Não existe um quadro para cada sociedade.
-----A Abordagem Sincrónica ajuda-nos a perceber a Abordagem Diacrónica-----
O estudo da A.D. pode ser útil para prever uma revolução numa sociedade.
Em todas as linhas históricas da sociedade existem momentos positivos e negativos:
B
A C
______________________________________________________________________
- Previsível e regular: os factores do ponto A repetem-se no ponto C.
- Se estudarmos os pontos A e B, quando os factores que actuaram nestes pontos voltarem a aparecer podemos previr um crescimento (positivo ou negativo)
Anomia: quebra das normas sociais.
Crise social: pode não haver uma mudança das estruturas sociais.
PREMISSAS EPISTEMOLÓGICAS
a) Criai uma teoria da sociedade respeitando as exigências cientificas e rompendo com o senso comum, a fim de atingir a objectividade do discurso sociológico. Para isso o sociólogo deve romper (ruptura epistemológica) com os seus próprios preconceitos, religião, cultura, experiências, moral.
b) Ciências positivas (fases metodológicas): observação, experimentação, indução (leis), comparação, quantificação e classificação;
c) Método histórico: contexto histórico das actividades humanas.
Cruzamentos / diálogos interdisciplinares:
- O paradigma de Marcel Mauss – “o fenómeno social total” – qualquer facto social é sempre complexo e pluridimensional e, portanto, transdisciplinar. Todo o comportamento só se torna compreensível dentro de uma totalidade. Ex.: económico, político e o simbólico religioso não são comportamentos estanques – são dimensões inerentes a toda a acção social e estão profundamente interligados.
Dificuldades do Estudo do Fenómeno Social:
a) Complexidade do seu objecto de Estudo: número elevado de elementos (variáveis) que podem intervir nas acções sociais.
b) Causalidade social múltipla: enorme diversidade das razões porque é como se fazem as coisas; não há uma causa única para explicar um determinado comportamento.
c) Instabilidade das situações sociais decorrente do processo dinâmico de mudança na sociedade.
d) O sociólogo também é um actor social (membro da sociedade).
e) “Representação teatral” dos actores sociais: questões metodológicas.
Aula 5 16-03-2006
Os principais teóricos da Sociologia:
Karl Marx (1818 – 1883) 1) teoria sociológica Marxismo – URSS
Marx Weber
Émile Durkhein 2) Mudança Social
*aplicação social
Marxismo – Ideologia
- Luta de classes
§ “Dimensão macro - sociais do fenómenos”
- Introdução à crítica da Filosofia do direito de Hegel, 1843
§ “O Homem faz a Religião, a Religião não faz o Homem” – Karl Marx
*Construção social
-Manifesto Comunista, 1848 (carácter propagandista)
Burgueses X Proletários
-Uma contribuição para a crítica da economia política, 1859
*A base da política está na economia, e não na massa ou no povo.
Modelo Económico
Elite -São sempre os mesmo que alteram o poder, sempre parte da elite Política - o sentido é -A revolução relativo
É a única que pode mudar
a rotatividade, mas tam-
bem esta é feita por
Elites. Operário
§ “O trabalho como livre expressão da Natureza Humana” (karl Marx)
§ “O capital”, 1867 (Karl Marx)
Contribuição Sociológicas das obras de K. Marx:
1. Mudança Social
2. Desigualdades e conflitos sociais
3. Teoria do “materialismo histórico”
“Toda a história da Humanidade até hoje (1867) é a história da luta de classes” (karl Marx) *anacronismo
-A ideologia manipula o povo, a massa.
-O povo é a Massa Þ K. Marx
*algo que é moldável
-Política, economia e história são os temas centrais da obra de Karl Marx.
Aula 6 17-03-06
Utopia = central na obra de K. Marx. Não existiria diferenciação de classes, isto é,· sociedade sem classes (ideologia de Marx)
Religião:
-Características da Religião:
1) Forma de alienação;
2) Sublima e facilita a aceitação resignada das situações de exploração e dependência em que vive o Homem;
3) Legitima a hegemonia capitalista, que é uma estrutura económica imoral e injusta;
4) A religião é uma teoria ideológica criada para tentar justificar as injustas desigualdades sociais, económicas e políticas.
* A religião domestica as pessoas, deixa-as resignadas.
§ O marxismo ataca a religião em duas frentes: cientifica e politica.
CONCLUSÃO: As ideias de Karl Marx são utópicas.
Aula 7 23-03-06
§ E. Durkhein (1858 – 1917): Sociólogo judeu – francês. Em 1912, 1ª cátedra de sociologia em França. Perde o seu único filho na guerra (1915) – morre dois anos depois.
Contribuições: Reforça o princípio da exterioridade dos factos sociais relativamente ao indivíduo e elabora as primeiras regras metodológicas sistemáticas.
- Premissas sociológicas básicas:
§ “Factos sociais como coisas”: o sociólogo deve em primeiro lugar procurar as causas dos fenómenos que estuda.
§ “O facto social só pode ser explicado por outro facto social” (acto colectivo, prática social)
§ “O conjunto é mais que a soma das partes, pois há várias inter-relações que se estabelecem, em diferentes níveis, entre os diferentes elementos do fenómeno (social) não susceptíveis de isolamento e fragmentação”.
A sociologia estuda os factos sociais, aspectos da vida social que moldam as nossas acções enquanto indivíduos: situação económica, influencia da religião…
§ Definição de factos sociais: maneiras de pensar, de agir, de sentir, as representações simbólicas, que existem fora das consciências individuais (grupo, sociedade, religião) e que se impõem a elas.
§ Definição de papel social: “designa um conjunto de comportamentos associado à posição de cada pessoa na teia de relações sociais” (Barata, 1994:9)
§ Consciência colectiva: conjunto de normas e valores, atitudes e crenças, signos e símbolos partilhados por uma determinada comunidade ou sociedade. A ausência, ou apenas enfraquecimento, pode provocar crise, caos e anomia, sinais evidentes de desregulação da sociedade.
*desregulação do funcionamento da sociedade
§ Definição de anomia: acontece com a desestruturação do marco normativo que regula as relações entre os distintos subsistemas sociais.
Papel social Þ hierarquia social Þ estrutura social
*classes
§ A divisão do Trabalho Social, 1893: determinação de normas morais, limitação social e implantação de regras jurídicas na intermediação da divisão do trabalho (diferenciação Social). Força moral exterior (consciência colectiva) ao puro interesse do indivíduo. A divisão social do trabalho torno, objectivamente o indivíduo mais dependente de outrem em virtude do carácter parcelar do seu trabalho. Por outro lado, isso reforça a consciência da sua diferença, da sua individualidade.
§ Solidariedade mecânica (semelhança): caracteriza as sociedades simples, primitivas, com ausência ou pouca especialização de funções, papeis sociais – homogeneidade de valores e padrões de conduta.
§ Solidariedade orgânica: caracteriza as sociedades modernas onde existe uma importante “divisão do trabalho” e grande especialização de funções e papeis sociais.
A divisão do trabalho (bens e serviços,) materializado no desenvolvimento social moderno substitui gradualmente a religião como base da coesão social.
§ As regras do método sociológico, 1895: afirmação de objectividade do conhecimento sociológico – delimitação do objecto de estudo e aplicação de métodos científicos de investigação empírica.
Fordismo – Conceito de economia. Linha de produção de uma industria, em que casa pessoa desempenha um papel especifico em cada tarefa. O sistema só funciona, se cada um desempenhar o seu papel de forma coerente. Se um individuo falha, falha a colectividade também e o sistema para. Gestos mecânicos, consciência da importância do seu papel.
- Revista L’Anée Sociologique (1896-1913): Teoria sociológica e investigação empírica.
- “O suicídio”, 1897: o suicídio é explicado pelo social.
Tipos de suicídio:
a) Egoísta: “o suicídio vira na razão inversa do grau de integração na sociedade religiosa, domestica e politica” – adaptação do individuo a sociedade: quanto maior o isolamento do seu meio geográfico e social (casamento/divorcio, família, Religião) maior a taxa de suicídio.
b) Altruísta: Défice de individualização o individuo está fortemente submetido aos valores colectivos; p.e: as sociedades fortemente militarizadas. Acontece em tempos de crise politica, revolução, guerra.
c) Anómico: desestruturação/desregulamentação das normas sociais – caos social; crise económica.
- “As formas elementares da vida religiosa”, 1912
Aula 8 24-03-06
O NOME DA ROSA – visionamento
Aula 9 30-Mar-06
Max Weber
§ Economia + história Þ Social
§ Religião – elemento importante na sociedade e no comportamento social.
§ Grandes civilizações = grande religião
Europa + EUA
OCIDENTE Þ Base Religiosa do Cristianismo
DEMOCRACIA
INDIVIDUALISMO
CAPITALISMO
LAICIDADE (?) – separação do Estado da Igreja
* Na prática a Europa não é uma sociedade Laica
- A Europa é simultaneamente cristã, judaica e islâmica.
*Têm a mesma base teológica
§ Teoria da secularização: “desencantamento do mundo” Þ sociologia da religião.
§ Positivismo: razão - racionalismo
>Razão
A Teoria de Max Weber não se pode aplicar, porque actualmente estamos no “reencantamento do mundo” (a partir de 1960). Þ A nível social.
O mesmo não se aplica na teoria da secularização do Estado, pois ao contrário do que acontece no Estado, a Religião tem cada vez mais importância na sociedade.
§ “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, Max Weber.
- Racionalismo: Pensamento cientifico/tecnológico Þ Capitalismo
- Religião: Fundamentos normativos e simbólicos de toda a sociedade humana.
Protestantismo ¹ Catolicismo
Com base no trabalho
§ Norte da Europa (Protestante): - países mais ricos, com mais capitalismo
- Igreja pobre, sociedade rica.
§ Sul da Europa (católico): - países menos ricos, menos capitalismo
- Igreja rica, sociedade pobre.
Aula 10 31-Mar-2006
Karl Popper
“A lógica da descoberta científica”, 1959
§ Método indutivo: particular Þ geral (leis gerais de comportamento)
§ Método dedutivo: geral Þ particular
Método: observação (do facto social), classificação do fenómeno e analise dos factos sociais. Ex: França (anomia social);
Forma de atracção orientada, visando sempre um conhecimento da realidade empírica.
*No terreno; prático.
Ex: cova da moura
Parto do geral (porque já há trabalhos feito sobre o assunto) para o particular (realidade empírica), e do particular formo lei (geral)
Técnicas: refere-se à recolha e tratamento da informação.
Técnicas fonte da informação:
§ Documental: trabalhos já realizados (livros, trabalhos, artigos, filmes*, fotografias…)
§ Estatísticas.
*Filmes e documentários – Antropologia visual
Estatísticas Quantitativo
Métodos utilizados numa investigação:
* Os métodos dependem do tipo de investigação
§ Método quantitativo: (quantificação do fenómeno)
a) Técnica estatística
§ Caracterização da população (caracterização social)
§ Grupo/sociedade
§ Questionário**
**Ordem de apresentação das perguntas; como elaborar as perguntas; quantidade de perguntas.
§ Método qualitativo: (qualificação do fenómeno)
Semi–directiva: maior margem do entrevistado.
a) Técnicas:
§ Entrevistas (opinião)
(***)
Directiva (aplicação de um questionário (“face to face”)
§ Observação directa: o observado não pode saber que está a ser objecto de estudo;
§ Analise de conteúdo: Palavras-Chave (mitenas)
(***) Depende do entrevistado, do tema e do objectivo.
Aula 11 20-Abr-2006
AS PRINCIPAIS TEORIAS
Toda a teoria sociológica consiste numa problematização compreensiva de estruturas e processos sociais, na forma de discursos interpretativos da realidade social, ou seja, natureza e função das relações sociais.
Construtivismo (Berger & Luckman; Bourdieu; Giddens; Touraine): considera que a realidade social é fruto de uma construção histórica (permanente) e quotidiana dos actores individuais e colectivos.
§ Estruturalismo – Antropologia (Levi-Strauss)
Observação das estruturas que compõem a sociedade. Procura entender no interior de uma sociedade os elementos estruturais, ligados entre si – e que provocam (des) equilíbrio no sistema – que explicam o porquê da mudança social.
Estrutura: combinação das partes num todo.
§ Forte influência da:
a) Escola de Praga: Jackbson – a língua é uma totalidade sistemática.
b) Linguística de Ferdinand Saussure – a língua é um sistema cujas partes devem ser consideradas na sua solidariedade.
Diferentes abordagens da realidade social:
® Individual – analisa a personalidade de cada componente ou do conjunto das suas personalidades consideradas individualmente.
® Grupal – analisa o processo de interacção que se desenvolve em sociedade.
® Morfológico – analisa o conjunto de variáveis importantes na composição, no espaço e no tempo, nos indivíduos e na dimensão física dos grupos.
® Sistémico – analisa as inter-relações como tais, independentemente das pessoas que as realizam.
® Cultural – centra-se nos valores, nas ideias e nas normas que, em sociedade, os indivíduos aprendem, partilham e transmitem.
§ Funcionalismo – Antropologia (Malinowsky)
Explica os factos etnológicos (e sociológicos), a todos os níveis do seu desenvolvimento, pela sua função, pelo papel que desempenham no sistema cultural total, pela maneira como se interrelacionam neste sistema.
Há uma lógica do conjunto que responde a uma necessidade específica. É essa função que assegura a sua existência como expressão de um fenómeno (sub-sistema) dentro de um sistema social/cultural total.
Estrutural – Funcionalismo
Estruturalismo Funcionalismo
Religião Sociol
Org.
Social
Econ.
Ideias
Politica
estrutura
cultura/sociedade
“Mudança Social”
Rel. Polit. Econ.
Sub-Sistema
Sistema (cultural/social)
COMPLETAM-SE
(devem ser utilizadas em conjunto, formando uma teoria
ESTRUTURAL-FUNCIONALISMO)
Funcionalismo – Sociologia
Robert – Merton, Elementos de teoria e de método sociológico, 1965, considera que os fenómenos sociais específicos devem ser explicados pelas funções que exercem dentro do sistema social total.
Talcott Parsons, no contexto do funcionalismo americano, considera a existência de 4 sub-sistemas principais: económicos, politico, cultural e societal
Críticas à teoria funcionalista: a questão da disfunção social.
§ Roger Bastider: “o funcionalismo explica bem porque é que as coisas subsistem, mas não explica porque é que elas mudam. (Não tinha razão)
§ Robert Merton: as disfunções, que são provocadas por causas externas ao sistema, perturbam, a adaptação e a harmonia do sistema.
Da Antropologia das sociedades primitivas à Sociologia das sociedades complexas: o problema da importação da teoria antropológica estrutural funcionalista para a Sociologia:
- o factor histórico e a questão da dinâmica social
- sociedades primitivas: diferente combinação dos elementos no contexto da totalidade total e a harmonia do seu funcionamento.
O conceito de “área cultural”:
- “sociedades complexas: maior dinâmica interna (as rupturas de equilíbrio que provocam mudanças) e externa (relações e contactos entre diferentes sociedades).
Notas:
§ A anomia torna-se diferente conforme a sociedade onde se desenvolve.
§ A disfunção social é muito mais rápida em sociedades complexas.
§ Não se pode falar em anomia em sociedades primitivas.
§ O Funcionalismo é a melhor forma de compreender as mudanças sociais num determinado contexto.
§ Sociedades Complexas Þ maior dinâmica, logo pode haver mais rupturas internas ou provocar mais mudanças.
joão pereira
ana sofia simões
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