Conceito fundamental da semiótica, cujo significado é “algo que está por algo” … para alguém” – aliquid stat pro aliquo
É algo que a partir de si, faz vir outra coisa ao pensamento.
2) Contributos de Saussure e de Peirce (concepções diádica e triádica do signo – referente ou objecto é parte integrante da relação signica)
Concepção triádica
Saussure : (concepção dual – abstrai da referência)
Conceito Significado
Imagem acústica Significante
Características
- arbitrariedade
- linearidade do significante
- mutabilidade/imutabilidade
3) Tipos mais importantes de signos (sinal, sintoma, índice, ícone, símbolo e nome)
lSinal – signos que desencadeiam mecânica ou convencionalmente uma acção por parte do receptorex: sinal de partida, “fazer sinal para andar”
lSintoma – signo compulsivo, não arbitrário, em que o significante está associado ao significado por um laço natural.ex: febre – sintoma de doença; geada nocturna – sintoma de frio
lÍcone – signo em que existe uma semelhança topológica entre o significante e significadoex; Uma pintura, uma fotografia são ícones na medida em que possuem uma semelhança com o objecto pintado ou fotografado.
Subtipos de ícones são as imagens, os diagramas e as metáforas. Os diagramas, como a planta de uma casa, têm uma correspondência topológica com o seu objecto.
As metáforas têm uma semelhança estrutural, de modo que é possível fazer uma transposição de propriedades do significante para o significado.
lÍndice – signo em que o significante é próximo ao significadoex: “aqui”, “esse aí” , número das fardas dos soldados; relógio – índice de tempo
lSímbolo – caracteriza-se pela sua arbitariedade. Há uma relação convencional entre representante e representado.ex: emblemas, insígnias, estigmas, aliança, bandeira de um país, etc.
lNome – signo convencional que designa uma classe extensional de objectos.
4) Princípios taxonómicos (classificação de Umberto Eco)Os signos diferenciam-se pela:
1. Fonte – Origem
2. Inferências permitidas – signis naturais/artificiais
3. Grau de Especificidade sígnica – palavras/função signo
4. Grau de emissão e consciência de um emissor – signos comunicativos/expressivos
5. Canal físico e aparelho receptor humano
6. Relação com o significado – signos unívocos/plurívocos/equívocos/vagos
7. Replicabilidade do significante – intrínsecos/extrínsecos
8. Tipo de relação pressuposta com o referente – ícones/índices/símbolos
9. Comportamento que estipulam no destinatário – identificadores/designadores/apreciadores/prescritores/formadores
10. Funções da linguagem – referencial/emotiva/fática/injuntiva/metalinguistica/estética
5) Charles Morris e o processo semiósico (em que consiste)
Divisão da semiose (algo funciona como um signo – alguém se dá conta de uma coisa mediante uma outra) em sintaxe, semântica e pragmática: decorre da analise do processo semiósico.
6) Propriedades sintácticas do signo (em que consiste a sintáctica; signo simples/signo complexo; relações sintagmáticas/relações paradigmáticas...)
Sintáctica – organização dos signos
Propriedades sintácticas dos signos apenas se referem ao próprio signo (veículo signico ou significante)
Os signos associam-se para formar outros signos dos quais se tornam elementos.um signo simples do ponto de vista sintáctico pode ser um signo complexo do ponto de vista semântico. Ex: universidade, morada…
Teoria dos elementos – estudar as unidades mínimas, a natureza dos signos, e a sua identidade.
Conceito de entidade (opõe-se) nada/o não ser -> a natureza do signo
Conceito de unidade (opõe-se) pluralidade -> como demarcar as unidades mínimas da língua
Conceito de identidade (opõe-se) alteridade/mesmidade -> saber a causa da mesmidade do signo através das diferentes aplicações
Valor do signo – relações que esse mesmo signo estabelece no interior do sistema.
Relações sintagmáticas
- Tipo horizontal (linearidade)
- Extensão – sintagmas
- In praesentia (contiguidade)
- De dois tipos: das partes entre si e das partes com o todo
Relações paradigmáticas
- Tipo vertical
- Associativas
- In absentia (série mnemónica virtual)
- Tipos múltiplos (de ordem fónica, sintáctica ou semântica)
- Duas características: ordem indeterminada; nº indefinido
7) Propriedades semânticas (em que consiste a semântica; sentido primeiro/sentido segundo; conotação...)
Semânticas – estudo das questões relativas ao significado
Denotação – sentido 1ºConotação – sentido 2º
8) Propriedades pragmáticas do signo (em que consiste a pragmática; Austin e os actos de fala - "fazer falando"; regras dos actos de fala; dupla estrutura da fala...)
Contexto:
Con-texto (das unidades mais vastas)
Contexto existencial
Contexto situacional
Contexto de acção
Contexto psicológico
Pragmática – ciência que estuda o sentido do uso dos signos;
relação dos signos com os seus interpretes, signos e seu contexto.
Teoria dos actos de fala – signos linguísticos como acções de determinada força com aplicações diversas;
Estudo das condiçoes gerais do enunciado
Actos de fala – são acções intencionais
Constantivos – afirmações que apuram, verificam, constatam algo
Performativos – não descrevem, não relatam, não constatam nada, não são verdadeiros nem falsos, eles fazem algo ou então são parte de uma acção.
Regras para o sucesso dos performativos (Austin):
existência de uma convenção aceite pela comunidade
Falhaas pessoas e as circunstancias tem de ser apropriadas à realização de acção
acção tem de ser correctamente levada a cabo pelos participantes
acção tem de ser cumprida completamente
Abuso 5/6sinceridade: tem de haver intenção futura de cumprir o acto de fala
comportamento futuro tem de estar de acordo com o acto de fala
Incumprimento de uma das 6 regras: Infelicidade
Incumprimento das 4 primeiras regras: Falha
Incumprimento das ultimas 2 regras: Abuso
Enunciado = frase + contexto pragmático
Enunciado tem de ser:
v verdadeiro
v sincero
v correcto
Forma padrão de um acto de fala: parte ilocucional e parte proposicional
Ex: “peço-te que feches a porta” “Fecha a porta!”
Parte Ilocucional – pedir ou ordenar
Parte Proposicional – fechar a porta
2 niveis de comunicação
2 niveis de compreensão
Compreensão ilocucional compreensão predicativa
(compreendemos o acto ilocucional/ (compreende-se o conteúdo
relação interpessoal) Proposicional do enunciado)
Nível intersubjectivo do enunciado Nível das experiências
9) Economia do signo
Dado que não há fala sem língua, nem mensagens sem código, isto é, que não há signos sem códigos, o princípio da economia é um princípio geral dos signos.
Os códigos são sistemas económicos de significação e que qualquer utilização mais contínua dos signos requer sempre novas codificações.
Economia e eficácia são propriedades de relação, pelo que atribui-las aos signos começa por ser dentro do código em que os signos se situam. Não é possível decidir da economia e eficácia de qualquer signo a não ser à luz de um código.
10) Roland Barthes: o terceiro sentido
2 comentários:
o jeitinho que este post vai dar!!
obrigado!
é verdade Rita lol...
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