15 de março de 2007

Sumários de Técnicas de Redacção Jornalística

Capítulo 1:
1- O que é a escrita jornalística?É específica, não é literária nem administrativa. Ocupa-se da realidade. É lida por todas as pessoas de diferentes classes sociais.Lorenzo Gomis: géneros literários, organizam os textos literários de maneira diferente do jornalismo, construindo ficções semelhantes e criando personagens. No jornalismo não há ficção, apenas se dá a conhecer factos reais.
O jornalismo:
§ Explica o que se passa com personagens reais conhecidas
§ Escreve-se para transmitir de forma perceptual algo aos leitores e não só por gosto.
§ Não pode ser literária: não se usam palavras raras, construções rebuscadas, imagens, metáforas ou comparações artificiais (ex: Cunhal era um prato que Freitas não gostava de comer -> ERRADO)


Literatura ¹ Jornalismo Arte Técnica de Comunicação
Condição base à escrita jornalística: gramática; tem que se saber dominar a linguagem
Só se aprende a escrever, escrevendo!


Aula 2 6-10-06
Jornalismo:


Dizer de maneira simples as coisas complicadas



2- Qual o segredo da escrita jornalística?Dar o máximo de informações no mínimo de palavras, ou seja responder às perguntas “O que há de novo?”, “O que há de importante?” e “O que há de interessante?”. Toda a notícia responde a estas perguntas.

Heminguey – Segredos da escrita:
§ Frases curtas
§ Verbos indicativos
§ Sempre na voz activa
§ Linguagem simples e pela positiva

® O público em geral compreende uma palavra em cada 50.
® Os leitores de jornais conhecem em média 3 mil palavras.
® Na vida quotidiana é necessário conhecer 2200 palavras.


As regras para ser lido:

Saber para quem se escreve, ou seja, conhecer no público para quem se escreve (saber quem é o leitor tipo)
Determinar a mensagem que quero comunicar, ou seja, responder à pergunta “o que é que eu quero comunicar?”:
® Definir a mensagem
® Ordenar correctamente as frases
® Utilizar um vocabulário acessível

Fórmula: clareza da mensagem; clareza da linguagem


Reduzir a mensagem ao essencial:

Seleccionar os elementos, ou seja, pôr por ordem de importância;
Ordenar os elementos
Eliminar o dispensável

LINGUAGEM:

C® Centrada
L ® Lisível (acessível a todos os leitores)
A ® Actual
R ® Rigorosa
A ® Agarra o assunto no 1º parágrafo


Qualidades da linguagem:

Compreensibilidade
® Clareza na gramática
® Usar expressões usuais (ex: em vez de Exórdio, usar Início, Princípio)
® Usar expressões mais curtas e concisas
Regra de Ouro: nunca usar palavras que não se compreendam perfeitamente




Simplicidade
® Não usar neologismos nem estrangeirismos (ex: dumping – venda de bens ao preço inferior do mercado). No caso de ser necessário usar palavras estrangeiras, explica-se o significado.
® Não usar calões

Concisão
® Escrever curto, ou seja, ir direito ao assunto;
® Transmitir uma ideia ou informação por frase;
® Os textos não devem ultrapassar os 2800 caracteres num jornal diário

Propriedade
® Qualquer peça jornalística tem de ser fiel aos factos que relatam. É preciso haver propriedade na linguagem.
® Sem propriedade na linguagem não há fidelidade que resista.
® Escolher sempre a palavra mais rigorosa e exacta
® Acordo das palavras com o pensamento, com o assunto, com as circunstâncias e com as pessoas a quem se fala.

a. Ter cuidado com os registos linguísticos:
o Nível oral-prático
o Nível oral-exigente (palestra)
o Nível escrito-prático (graffits)
o Nível escrito-exigente (poesia)

b. Verbos “discendi” (verbos de dizer):ex: “Nós pagamos!” afirmou o… garantiu o… verbos “discendi” sugeriu o ….

c. Ter cuidado com as ambiguidades ex: “O presidente reuniu-se com o 1º ministro na residência oficial” Mas, qual residência oficial?

d. Usar expressões de estética e bom gostoex: dizer “fazer amor” em vez de “fornicar”

e. Ter cuidado com a troca de palavras (organização de frases)

f. Escrever com palavras naturais
Objectivos:Nas notícias e nos textos informativos, não usar adjectivos qualificativos


Aula 3 13/10/06

Expressividade: a correspondência entre cada palavra e aquilo que se quer expressar:
§ Narração
§ Descrição
Livro de Estilo: conjunto de regras que os jornalistas têm de ajustar conforme cada jornal. Regras por que se regem.

Of the Record: não publicar determinadas notícias ou informação sem o prévio aviso ou autorização da pessoa que foi entrevistada.


Normas práticas:
§ Nunca se usam adjectivos
§ Nunca tratar o entrevistado por tu
§ Usar “Dr./Dr.ª” para médicos, enfermeiros, farmacêuticos e advogados.
§ Nunca separar por vírgula sujeito e predicado


Aula 4 27/10/06


REPORTAGEM

Género jornalístico:

informativos – noticia
interpretativos – são também géneros informativos (interpretar significa explicar, com pormenores)
de opinião
Notícia – matéria-prima do jornal

“Back-grount” – antecedentes para o leitor perceber o que aconteceu: contextualização da notícia

O género interpretativo foi criado em 1922 pela revista Time.
(A revista Visão tem o exclusivo português da americana Time – tradução de artigos)

A reportagem é um pedaço de vida – o jornalista testemunha a realidade


Essência de reportagem:

O leitor faz ver, ouvir, sentir, experimentar como se o leitor lá estivesse.


Þ É como a montagem de um filme, pegamos em todos os elementos que temos e organizamos
Þ Pode eventualmente ter uma certa subjectividade, um estilo próprio do repórter
Þ RIGOR – conceito-chave – no que se diz e na transmissão dos diálogos


Regra Importante: Parte-se sempre do particular (um caso concreto) para o geral e nunca o contrário (isto só nos textos de opinião)

Vários tipos de Reportagem:

Reportagem Quente (ex: greve surpresa)

Reportagem Morna (ex: acontecimento que foi noticia sem ter de voltar ao tema ou um acontecimento que perdura – caso do Iraque)

Reportagem Fria (os acontecimentos de agenda que já estão previstos)

Reportagem de Revista (lançamento de livros e discos)

Reportagem Intemporal (trata-se de assuntos que são importantes – ex: sobre um hospital, o racismo, a droga, a sida…)

Reportagem de Sequência (ex: uma barragem rebenta – 6 meses depois vamos ver como estão as coisas)

Reportagem Relocalizada (pegar num tema nacional e ver como está a nível regional)

Técnica para fazer reportagem:

Escolher o tema (se é susceptível e se tem os ingredientes necessários para ser reportagem)

Fazer um plano/guião (escolher um ângulo – a perspectiva sob a qual foi tratar tema)

Compilar dados (ver as informações disponíveis e divulgadas – documentos, dossiers…)Não se deve ficar com a cabeça cheia de textos, pois isto bloqueia a criatividade.
Antes da reportagem:
Þ Ter sempre bloco de apontamentos
Þ Ter sempre esferográfica seca
Þ Ter sempre um gravador
Þ Nunca esquecer de material de apoio informativo – mapas, etc
Þ Levar sempre as perguntas estudadas e de preferência memorizadas

Trabalho de campo:
Þ Observar tudo – reportagem é observação
Þ Saber contactar com as pessoas para as contactar
Þ Olhar e sentir – partilhar com o leitor os sentimentos experimentados
Þ Podemos sempre ter de mudar
Þ Tempo de mudar o ângulo consoante o tipo de informações que encontramos
Þ Encontrar as pessoas com quem realmente é necessário falar


Redacção da Reportagem:
1) Antes de começar a escrever verificar se compreendemos toda a história.
2) Ver se as fontes consultadas são credíveis e se as podemos citar
3) Verificar se as fontes recolhidas foram confirmadas – podem ser falsas
4) Verificar se o texto não é susceptível de dar origem a uma acção judicial

Etapas a percorrer:
1) Não nos devemos precipitar para o bloco de notas – começar a lançar ideias ao acaso sobre o tema + imagem que nos impressionou + citações importantes. Seleccionar tudo aquilo que é importante.
2) Fazer o plano da reportagem: ver as notas que temo, sublinhar o mais importante.
3) Saber fazer o plano da redacção.
3.1) O plano tem que ser sempre flexível de modo a puderv ser modificado ao longo da redacção
3.2) Evitar a “lógica académica” de introdução/desenvolvimento/conclusão: usar o fio condutor das ideias e escolher a ideia dominante


A impressão dominante é que é fio condutor: aquilo que nos chocou

Þ A Reportagem não é uma narrativa científica, mas sim uma reconstrução do que se viu, sentiu…

Þ Objectivo – fazer a sinopse, restituir o acontecimento na sua contextualização

Citações
Personagens
Seleccionar Cores
Sons
Cheiros
Cenários


“LEAD” = entrada Þ o primeiro parágrafo do texto

§ Em jornalismo não há introdução
§ Uma boa reportagem joga-se com o lead: elementos fortes, a imagem mais viva, a personagem-chave/principal
§ Como num filme – o início é sempre um grande plano, um plano aproximado
§ Uma citação forte, chocante, como um “murro no estômago”
§ Último parágrafo – também é importante, pois é o que fica na memória do leitor – Nota: nada de fazer conclusões nem dar lições de moral – o leitor é que deve tirar as suas próprias conclusões
§ A reportagem deve terminar de forma natural, nunca forçar o seu fim artificialmente


Corpo da Reportagem:

A partir do 2º parágrafo, o leitor deve saber para onde vai.
Como reactivar/captar a atenção? Com citações (não demasiadas longas) e diálogos.


No fim: Revisão completa do texto dando a ler a outra pessoa; verificar a ortografia, sintaxe.
§ Titulo – deve informar sobre o essencial do texto (lança a reportagem/cativa)
§ Super-lead/inter-títulos – deve ser escrito no fim da reportagem
§ Fotografias boas – informativas e ilustrativas do assunto


Uma má foto pode estragar uma reportagem
Legenda: não repetir o que está no texto – é mais um elemento novo que acrescentamos ao texto e pode ser por exemplo uma citação

Gravador + Bloco de Notas


Ir marcando economia no tempo
os tempos de transcrição


Estrutura da reportagem



Lançamento – “Lead”


Desenvolvimento – corpo da reportagem, descrição, narração, diálogo… testemunhos


Final


ENTREVISTA(Género autónomo)

Três modalidades de entrevista:
Entrevista de Personalidade(+/- de opinião – do entrevistado)
Entrevista Retrato(o retrato da pessoa entrevistada)
Entrevista Expresso(2-3 perguntas sobre o tema)


Preparação Entrevista
1. Escolher o assunto
2. Formatação das Perguntas Necessárias (média 10 (máximo) surgem sempre novas)


Dez regras para uma boa entrevista:

1. Se possível memorizar perguntas
2. Evitar perguntas muito técnicas
3. Fazer perguntas abertas
4. Apertar ângulo = perguntas concretas
5. Não fazer 4 perguntas numa só
6. Não hesitar, reformular pergunta se o entrevistado não percebeu ou respondeu ao lado
7. Fazer perguntas curtas
8. Não fazer perguntas ingénuas ou sem interesse
9. não esquecer perguntas pessoais sobre hobbies – humanização da entrevista
10. Se o entrevistado não responde adoptar uma atitude directiva

Como se conduz a entrevista para ter êxito?
Criar condições para a colaboração do entrevistado
§ Durante a entrevista não nos sentarmos antes do entrevistado
§ Não acender cigarro se não houver cinzeiros e pedir licença
Pergunta: obter respostasComeçar por perguntas gerais apertando depois para os aspectos concretos
Não há entrevistas sem tomar notas (discretamente ® palavras – memória) – no fim da entrevista escrever tudo imediatamente

Últimos 5 minutos são fundamentais
§ Não devemos ceder ao desejo de mostrar a entrevista antes da publicação
§ Ficar com os contactos dos entrevistados para depois confirmar dados


Redacção da entrevista: Fidelidade de transição da oralidade


Aula 5 03/11/06


Redigir a Entrevista:

Fidelidade na transposição da linguagem falada para a escrita (ser fiel ao pensamento do entrevistado)
Suprimir os defeitos da gramática, sintaxe, e da fonética. Construir as frases correctamente.
sempre do mais importante para o acessório e não necessariamente pela ordem das perguntas – técnica da pirâmide invertida
Fazer um pequeno perfil do entrevistado e razões da entrevista
§ Existência de uma super-lead (dizer o essencial da entrrevista);
§ Pôr sempre uma foto do entrevistado;

® A entrevista é uma declaração do entrevistado – o título deve ser uma frase do entrevistado
Questão gráfica:
Pergunta/Resposta
§Na primeira pergunta devemos indicar nome do jornal e nome do entrevistado. Contudo, nas seguintes basta colocar as iniciais ou
Þ Perguntas a negrito.
§ Entertítulos entre pergunta/resposta


Como construir um texto jornalístico
Técnicas de Construção

1) Seleccionar e hierarquizar as informações obtidas.
a) Como?
a. Em função da actualidade (excepto “informação congelada”)
b. Em função do interesse do leitor
c. Em função da linha editorial

Estatuto Editorial – lei obriga: objectivo do jornal, normas que o regem, o que pretende e a forma como o escreve. O director do jornal zela pelo respeito às normas. O Editorial é a posição oficial do jornal em relação a um determinado tema e é escrito pelo director ou pelo jornalista encarregue pelo director. Livro de Estilo

b) Parte-se do mais importante para o menos - nunca se vai do geral para o particular, mas sim ao contrário.
c) Evitar o nariz de cera: palha – vai-se directo ao que importa/assunto
d) Notícias: não se inscrevem introduções.
e) Em qualquer elaboração da notícia é dizer-se o que se tem a dizer e nada mais.

2) Escolha do ângulo
Em qualquer peça jornalística escolhe-se sempre um ângulo que serve de fio condutor.

O que é?
A maneira como o assunto vai ser abordado
Þ A técnica do ângulo personaliza o trabalho do jornalista.
§ Como escolher o ângulo?
O ângulo determina-se em função da curiosidade de cada um:
(a) Qual é a minha prioridade?
(b) Qual é a impressão dominante?
Mas é uma escolha feita sempre em função do interesse do leitor

Þ O ângulo varia se a noticia for do mundo da política ou do espectáculo, isto é, o ângulo varia conforme o tema.
Þ Vai ser o fim condutor de toda a narrativa jornalística – é preciso seleccionar o melhor daquilo que o ângulo consegue apanhar
Þ Se as informações que temos não se inserem no ângulo pretendido deitam-se fora

3) Plano
Fazer um plano do trabalho que vamos realizar.
Todo o texto informativo tem um plano narrativo:
a) Plano cronológico
b) Plano da Pirâmide invertida
c) Plano da ampulheta

Plano Cronológico:
Aqui a notícia é redigida seguindo hora-a-hora o que acontecem

Caixa Jornalística
Depois de fazer texto e se ainda temos informações interessantes, fazemos uma caixa com as mesmas: pôr em destaque um só elemento do texto (+/- 900 cada)
Caixa jornalística
(não se inclui no superlead e trata apenas de um tema)

Depois de fazer texto e se ainda temos informações interessantes fazemos uma caixa com as mesmas: pôr em destaque um só elemento do texto (+/- 900 caracteres e não deve ter mais). É complementar ao texto jornalístico.


Cacha(“Scoop”)

É uma notícia exclusiva que só o jornalista conseguiu (um furo jornalístico em 1ª mão)















Sistema flashback – que vem de literatura clássica: explica-se o último e mais recente acontecimento e depois desenvolve-se o resto da matéria. Usa-se muito em notícias de morte de personalidades importantes.

Plano da Pirâmide Invertida

clímax (lead) – dados principais
sub-lead – quando necessário

dados explicativos e complementares

dados secundários 1)


Pormenores 2)
1) (corpo da notícia) : Antecedentes, Consequências e Declarações das pessoas implicadas.

2) Background (contextualização)


Plano da Ampulheta – é uma variante da Pirâmide Invertida: para dar mais suspense/interesse à noticia guarda-se elementos importantes para o fim.

Plano de Citações (comum a todos os planos):
Þ Dizer o nome de que falaEx: conferências – seleccionar as frases que tiveram mais impacto – começar sempre pelo mais importante
Þ Citar frases (discurso directo) com o discurso indirecto
Þ Ter sempre em conta os verbos discendi para evitar repetição de “dizer”


4) LEAD

Þ Entradaparte fundamental da notíciaporta pelo qual o leitor passa ou não passa para leitura da noticia
Þ Primeiro parágrafo (só existe Lead nos textos informativos)


Sub-lead – parte-se a frase, é uma ligação do lead (quando este é muito longo)

Superlead – resumo da noticia de uma ou duas frases logo a seguir ao titulo. Quer o titulo quer o superlead vêm sempre do lead – se este estiver bem feito tem-se um bom título/superlead

LEAD – 5 W’s:

§ Who – Quem
§ What – O quê
§ When – Quando
§ Where – Onde
§ Why – Porquê
(How – Como) – o modo e as circunstâncias do acontecimento

Quando e Onde vão quase sempre na mesma frase.


Normas do Lead:
1) Deve obedecer a 3 requisitos:
1.1 dizer algo de novo
1.2 brevemente
1.3 clareza (dizer claramente o essencial e numas frases curtas)

2) Funções do Lead:
2.1 facilita leitura do jornal: agarra o leitor para ler o texto e determina sempre a construção do texto
2.2 chave-informativa para a leitura integral da notícia
Extensão do Lead: não mais de 250 caracteres


Normas práticas para redacção do Lead:
1. Deve ser breve: parágrafos longos cansam o leitor
2. Deve ser claro, preciso e concreto
3. Nunca deve começar por uma negativa, nem de frases dubitativas, interrogativas ou condicionais, pois isto baralha o leitor
4. Evitar os gerúndios ao máximo
5. Nunca começar com conjunções nem com expressões “como se sabe”…
6. Deve ser dinâmico
7. Numa entrevista, o lead pode ser uma citação, na reportagem é uma imagem forte, na crónica ou texto de opinião não existe.


“Um bom lead nasce de uma boa recolha de informações”
Livro Estilo do “El Mundo”


Como se redige uma notícia?

Notícia = matéria-prima de um jornal


O que é uma notícia?
É um texto de determinado tipo; que se difunde através dos meios de comunicação; que narra ou expõe factos ou ditos novos ou de actualidade que presumidamente pode interessar os leitores


Critérios para saber quando há notícia:

Carl Warrer: publicou livro sobre géneros jornalísticos e definiu 10 critérios para ser notícia:
1) Actualidade
2) Proximidade (Espaço Geográfico)
3) Consequência (repercussões futuras do facto)
4) Relevância Pessoal (importância do protagonista)
5) Suspense
6) Rareza (insólito: homem morde cão)
7) Conflito (desavenças entre pessoas importantes, eminência de escândalos)
8) Sexo (sensacionalismo + revistas cor-de-rosa)
9) Emoção
10) Progresso


Estrutura da Noticia:

3 elementos:
1. Título
2. Lead
3. Corpo da Notícia
Título:
Função – 1º do título – transmitir a mensagem essencial da notícia.
§ Corresponde ao “quê?” e “quem?” do lead
§ Textos opinião – sintéticos, curtos/expositivos, breves
§ Reportagem – criativos e anunciativos (não informam
§ Entrevista – frase do entrevistado


Ponto a não esquecer:

JORNALISMO:
1. Resumir
2. Seleccionar
3. Hierarquizar

§ Máximo 16 palavras para um titulo: o tamanho ideal são 6/7 palavras

Técnica da notícia: agarrar sempre o mais importante nem que seja o que aconteceu no fim

Corpo da notícia: explica os dados complementares e secundários. Normalmente, são vários parágrafos e deve conter os seguintes elementos:
1. dados que explicam/ampliam o lead
2. explicação de dados que ajudam a situar a notícia num determinado facto (contextualização da notícia)
3. caixa jornalística – deve ter 1000 caracteres e título, lead, corpo da notícia



Aula 6 10/11/06


Modalidades da notícia:

1. Notícia Breve – molécula da informação, ou seja, é uma informação bruta/seca, dada com o mínimo de palavras, só com o essencial, responde ao: Quem? Quê? Onde? Quando?
2. Notícia de Montagem – partes de comunicação encadeadas, feitas a partir de várias informações. A montagem é feita a partir da contextualização, do background.
3. Notícia de Síntese – sintetizar um acontecimento com base em consulta de jornais.
4. Notícia de Reportagem – notícias mais extensas que o normal e por vezes assemelha-se a uma reportagem, pela sua apresentação e pela escolha do ângulo.
5. Notícia de Agência – o primeiro parágrafo dá o essencial, dando resposta aos 5 pontos do “Lead”: O quê? Quando? Onde? Quem? Porquê?

Lei da Proximidade – qualquer texto jornalístico deve obedecer à lei da proximidade. Condiciona qualquer seja o ângulo de abordagem.



GEOGRAFIA

O meu País
A minha região
O meu bairro
A minha ruaT Ideologia S
E Outro tempo Política O
M Ontem Religião C
P Hoje EU Classe-social I
O Amanhã Profissão A
R Família L
A
L
PSICO-AFECTIVA

Saúde
Segurança
Amor
Sexo
Acaso
Destino


As notícias são todas em face da proximidade, quanto mais próxima for, mais importante se dá.

Onde se vai buscar a informação para a notícia? Às fontes
Pesquisar as fontes. As fontes são o coração do jornalismo.

Fontes jornalísticas – são pessoas ou instituições que fornecem elementos noticiosos.

§ REGRA DE OURO: saber escolher as fontes


Fontes Habituais:
1. A informação relatada – comunicados da imprensa
2. Correio dos leitores
3. Comunicações Diversas – contactos pessoais

Fontes Documentais:
1. Agências noticiosas – ex: LUSA
2. Bases de dados
3. Ler jornais e revistas


Informação Procurada:
1. Ter uma boa agenda de e-mails, endereços e telefones
2. Dossiers pessoais
3. Boa rede de informadores
4. Cocktails – porta de honra
5. Consulta de biblioteca
6. Ter contacto com organismos profissionais e sindicatos


Regras básicas:
§ Curiosidade jornalística activa
§ Falar pouco e ouvir muito
§ Ser discreto
§ Ser jornalista 24H

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