Aqui ficam alguns trabalhos realizados (uns por mim, outros nem por isso), são trabalhos pessoais que podem em algumas situações ter partes que não respeitem direitos de autor. Vou postando, sempre que achar oportuno, algumas matérias que vou encontrando pela "rede". :)
13 de abril de 2007
texto de opinião sobre "Live from Bagdad"
Live from Bagdad é um filme que explora todo um cenário de guerra e a acção dos profissionais de comunicação perante o mesmo.
Os problemas logísticos, as decisões complicadas que se têm de tomar em situações de crise tomam forma numa brilhante filme protagonizado por Michael Keaton.
Mas é também nesta obra que o espectador compreende de que modo são, manipuladas as notícias e as informações. Este exemplo está presente no caso dos hospitais, no qual a equipa de reportagem foi como que “obrigada” a noticiar algo que sabiam à partida não ser verdade. Nesta situação põe-se à prova o comportamento do jornalista, de acordo com a sua decisão de avançar ou não com uma notícia falsa. Sabendo também que qualquer notícia editada e colocada no ar iria comprometer toda a estação televisiva.
Mas também se explora o que se designa por valor-notícia. O que é que realmente é notícia, o que é que verdadeiramente importante para se divulgar. E até onde deve ir uma equipa de reportagem para obter uma notícia. Será que as suas vidas devem ser subvalorizadas perante a oportunidade de notícia?
Muitas dificuldades são mencionadas, nomeadamente as dificuldades de entrevista e tudo o que isso pode acarretar. Um profissional nunca pode manter uma ligação de amizade com o seu entrevistado sob pena do trabalho sair defraudado. E na tentativa de encontrar uma boa entrevista Michael Keaton cai no erro de pensar que mantém laços estreitos com um dos ministros de Saddam. Mostrando assim estar vulnerável a um abuso por parte deste bloco. Vindo isso a acontecer, como já referido a trás, na notícia dos hospitais do Kuwait.
Este filme personifica bem a fibra que é necessária a um jornalista para saber como lidar em situações de crise e pressão. Apesar de colocarem a sua vida em risco, o grupo da CNN foi o único a apostar na transmissão ao vivo da Guerra que despontava mesmo ao seu redor em Bagdad.
Se por um lado a guerra é aproveitada por cadeias de informação para auto-promoção, por outro lado cumpre-se a isenção da notícia. Porém vivia-se num tempo em que as audiências são disputadas até ao último segundo, e o risco que os jornalistas da CNN apostaram foi o preço a pagar.
Sofia Simões
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