1 de abril de 2008

PORTO-RIQUENHOS E AVEIRENSES DE PARABÉNS






Ciclo de Teatro Universitário chega ao fim em noite de aniversário do TeatrUBI





Foi em clima de festa que o TeatroCine da Covilhã se despediu de duas semanas de arte teatral. Actores e espectadores comemoraram juntos mais um êxito.



O último dia do XII Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior coincidiu com o 19º aniversário do TeatrUBI e serviu, além de homenagear grupo aniversariante e consagrar os vencedores dos dois prémios em disputa, para este grupo e a Associação de Teatro e Outras Artes (ASTA), organizadores do evento, mostrarem em palco uma criação e encenação de António Abernú: PLAGIAI.



A peça com interpretação de Gabriel Travasso, Graça Faustino, Mafalda Morão, Rui Pires e Sérgio Novo abordou os 7 pecados mortais: vaidade, ira, preguiça, gula, luxúria, inveja e arrogância. Os pecados das personagens foram um “espelho” onde cada um dos espectadores podia encontrar a própria imagem que tanto se deseja esconder. Sem texto, os actores utilizaram apenas a linguagem corporal para fazer passar a mensagem.



De comemoração, foi também a noite do Grupo de Artes Escénicas Colombeia, Cuerpo de Artes Teatrales da universidade de Porto Rico recinto de Cayey, que ganhou o prémio do público depois de ter, na noite anterior, apresentado a peça “La vuelta al mundo en 80 dias”. E a do Grupo Experimental de Teatro da Universidade da Aveiro (GRETUA), vencedor do prémio do júri que, no dia anterior aos porto-riquenhos, subiu ao palco com o “Auto do Aleatório”.



Para o encenador aveirense João Fino “foi uma surpresa ganhar este prémio”. No entanto, “este reconhecimento deixa-nos muito orgulhosos e compensou os sacrifícios que o grupo passou no Verão”. Menos surpreso, mas igualmente feliz, mostrou-se Oscar Gonzales, um dos encenadores porto-riquenhos: “Vi a reacção do público na noite da nossa actuação e fiquei a pensar que poderia haver a possibilidade de ganhar. Temos que agradecer ao público que votou em nós, jamais nos vamos esquecer destes dias aqui na Covilhã”.



Rui Pires, presidente do TeatrUBI, frisou as evoluções deste evento referindo que de uma semana o Ciclo passou para duas, e de um mero ciclo nacional passou a contar com grupos de Espanha e actualmente já recebe participações da América Latina, com é o caso do Brasil e de Porto Rico. Questionado sobre o número de espectadores das duas semanas de espectáculos, Rui Pires não é brando com “a falta de preparação dos alunos que chegam à universidade. Quando cá chegam ou vêm somente para estudar ou para sair à noite para as discotecas. O Teatro raramente é uma opção”.



O Ciclo de Teatro que surgiu de uma ida à capital há 12 anos terminou no dia 14 de Março após 14 noites de espectáculo. Os preços variaram entre 1,5€ e 3€ para as entradas diárias e 15€ e 30€ para os bilhetes gerais.

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